Sou um andarilho vagando por aí.
Já estive no Delta do rio Ganges na Índia.
No Delta do Nilo no Egito em Alexandria.
Passei pelo Nilo Azul na Etiópia.
E no lago Vitória na África.
Cruzei o Atlântico até a América.
Andei pelo litoral brasileiro
Até chegar ao Rio de Janeiro.
O destino foi me reservar.
A missão de te encontrar.
Você estava perdida sem poder voar.
Precisava de asas para decolar.
Eu cheguei para levá-la ao seu altar.
Não importa
Se você é compreensiva ou rebelde.
Se veste trapos ou ouro.
Ou se é plebéia ou princesa.
Eu sou o seu porto, a sua porta de desafogo.
Você provoca o fogo,
Como resistir?
O seu não, é o seu charme no seu talvez.
O seu talvez é a certeza da sua altivez.
É difícil entender você minha mulher
Eu só queria compreender e penetrar no seu ser
Há mais de meio século
Eu sou o andarilho que se desliza
Nas belas curvas do seu corpo esguio,
Elegante e macio.
Não veste roupas, eu sou a sua roupa.
Cobrindo o seu corpo com musseline e retalhos de cetim.
Não veste roupas, eu sou a sua roupa.
De musseline e retalhos de cetim.
Gostou?
– Gostei
Eu compus pra ti.
– Eu sei
Você continua com a sua ar de altivez
Fazendo charme ao meu cortejo, dizendo talvez.
Para depois, se entregar de corpo e alma de vez.
Para uma noite quente de loucura e embriaguez
Um andarilho deslizando na suas curvas.
Te cobrindo com musseline e retalhos de cetim.
Por
Aslan Minas Melikian
12/01/2022Untitled Video[4]
Nenhum comentário:
Postar um comentário