Devaneios
Acabei de completar há alguns dias,
Setenta e oito anos de regalias
Viajando no tempo e nas utopias.
Ora nas cidades ora nas abadias.
Entre secos e molhados.
Entre jardins e desertos.
Nas planícies nos planaltos.
Mergulhando nas águas do mar.
Ou voando com as nuvens no ar.
Entre humanos e bichanos.
Entre homens e mulheres.
Entre maresia e prazeres.
Muitas coisas eu aprendi.
Outras, eu não compreendi.
Entender as mulheres?
Como?
Elas têm os seus mistérios.
Nós, os homens, temos os nossos devaneios.
Há décadas, entre cortejos e galanteios.
Em versos e prosas.
Jogando pétalas de rosas.,
Às belas Helenas
Desfilando no asfalto ou nas passarelas.
Aprendi que para se comunicar com as mulheres.
É preciso entender as mensagens subliminares.
Cada uma tem o seu ritual
Tanto no oral, como no visual, na expressão corporal.
No balanço e no charme do seu andar,
Na provocação, ao te convidar com o seu olhar
Com as pontas dos dedos lhe mandar beijos.
Deflorando os teus desejos.
Ela te conquista sem receios.
Ela com seus mistérios
E tu com teus anseios.
Entrega-se aos teus devaneios.
Eu, já ultrapassei os setenta e oito.
Continuo um romântico afoito.
Cortejo às mulheres com versos e prosas.
Jogando pétalas de rosas.
Elas gostam mais de chocolate e biscoito
Elas me pedem bis…biscoito….
E eu não resisto e aí ficou doido.
Entender as mulheres?
Para quê?
Prefiro-as com seus mistérios.
E eu? Fico com meus devaneios.
Por
Aslan Minas Melikian
22/04/2021