segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Na Intimidade Com Cleópatra

 Na Intimidade Com Cleópatra

Eu sou um cara meio cético.
Pode acreditar, eu sou eclético.
Me questiono se eu já vivi o épico?
Ou se eu já tive um caso exótico?

Se eu acredito em reencarnação?
O assunto, já chamou a minha atenção.
E provocou a minha imaginação.
Deu até vontade de fazer uma regressão.

Será que eu fui?
Um político.
Um crítico.
Um cara mítico.
Ou Será? Fui um místico

Será que eu fui?
Um soldado em Cartago.
Um mercenário bem pago.
Será? que eu cruzei os Alpes
e já fui um mago.
Ou um ébrio sentado a beira de um lago
Bebado, falando besteira, enchendo o saco.

Será que já vivi?
Em Esparta ou em Atenas.
Na época em que as mulheres eram jónias.
Depois de Homero passaram a helenas.
Hoje são gregas apenas.

Será que eu já fui?
Um ateniense ou romano.
Um dos trezentos do Leônidas, espartano.
Será que? Ele foi herói ou era um ufano.
Ou Xerxes bobeou e entrou pelo cano.

Será que eu conheci?
Pitágoras e Sólon
Sócrates e Zenon
Ou Aristóteles e Platão
A Helena, mulher de Agamenon

Será que eu estive?
No Egito e na ilha de Sumatra.
E fiquei na intimidade com Cleópatra.
Certo que eu continuo um ginecólatra.
Será que fui na Fenícia comerciante alcoólatra?
Ou Será? Estou precisando de um psiquiatra.
Será……..

Por
Aslan Melikian
15/09/2021.


Voando A Minha Cidade Natal

 Voando A Minha Cidade Natal

A saudade me deu vontade de voltar.
A cidade que um dia foi meu lar.
Voar de Tapete Mágico de fios dourados
Confeccionado pelos meus antecipados
Lá no alto planalto armênio
Há mais que quatro milênios
Eq eu possa
Queria estar com todos os meus parentes
Eu chegar de surpresa e vê-los felizes e contentes.
Por engano peguei o tapete supersônico
O voo durou alguns minutos, eu fiquei eufórico.
A minha cidade natal estava bem diferente
Ai, eu percebi que estou ainda no presente.

Sobrevoei a cidade
Avistei a famosa rocha “Alraocha”
Fui até a cidade de Falugha e Hammana
Passei por cima da AUB univercidade Americana
Rás Beirute, Alhamra e ElZeituni
Passei pelo Hazmié
Praça dos Mártires, Mar Mikhael e Ashrafié.
Logo avistei de outro do rio minha morada
Atravessei o Rio e pousei no terraço
Minha casa ficava logo abaixo
Peguei a escadaria
A dois lance onde era minha moradia
Parei: Como não lembraria
Que último lance de escada era minha romaria
Que un dia foi minha garçonière e motel
O espaço que era meu ninho de prazer.
Os degraus guardavam os meus segredos
Ora com a foguenta Jeanete
Ora com sensual Claudette
Das minhas aventuras ninguém sabia
Será?

Ppr
Aslan Minas Melikian
27/03/2017

 


Vencer ou Vencer

 Vencer ou Vencer

O tempo passa e só muda o cenário
Os conceitos continuam no mesmo glossário
Conceitos religiosos, políticos e futebolísticos.
Continuam assuntos polêmicos.
Numa roda de conversas eu não opino.
Por deficiência auditiva não ouço bem o dito.
Falar de religião, eu evito.
Cada um tem a sua fé e o seu rito.

No momento, a política é o assunto mais discutido.
Cada um tem o seu candidato preferido
Discutir política, eu omito.

Futebol é o grito “Vencer ou Vencer”
Cada um escolhe o seu clube para torcer
Desfilar com a camisa é o afirmativo
Na arquibancada do estádio do Maraca
Doido para ver o seu time fazer gol de placa.
Começa o jogo e ele fica aflito.
Ansioso para ver o gol do seu time e soltar o seu grito.
Não importa se é roubado, ou se ganha no apito.
O que mais importa, é soltar o grito,
Goooool …….
Chega em casa rouco.
Louco, chama pela mulher.
Declara que a ama
Enche a cara
Vira poeta e leva a amada pra cama.
Ela não resiste, ele é o cara
Cai nos seus braços
Com beijos e abraços.
Muito carinho e ternura
É a noite de amor, sexo e loucura.
Futebol e Mulher
Paixão e prazer
Que sejam eternos pra valer.

Por
Aslan Minas Melikian
Niterói, 15/08/2021.


O Circo na Capital

 O Circo na Capital.

O Circo dos Picaretas Imbecis.
Digo, e confirmo o que eu já disse.
Em tempo de pandemia.
Shows de pura grosseria.
Alguns picaretas pulando a cerca
Presta atenção e não perca
O show de abusos que nos cerca.
Os nossos eleitos no congresso
Prometendo Ordem e progresso
Alguns estão respondendo processos.
Eu fico possesso.

Lá na capital
Um show tragicômico no teatro Senatorial
Começa na terça,
É no circo que nos cerca
Na Cerca
Construída na década de cinquenta
Virou capital federal em 21/04/1960.

O Circo está cheio de políticos
Os recomendo o uso solitário de falos acrílicos.
O show é no palco do senado
De terça a quinta está lotado
Um tribunal de politicagem
Circense e de bandidagem.
O depoente precisa ter coragem
Alguns são humilhados
Outros são bem tratados.
Direitos de alguns cidadãos banidos
D’outros são deferidos.
A carne está crua
Uns querem ver a rainha na rua
Outros querem vê-la nua.
O show continua

Na capital está cheio de corvos
Declaram que trabalham para o povo.
A pandemia vira um palco político
Um show de um espetáculo patético.
A carne está crua
A rainha nua
O show continua

Qualquer semelhança é pura coincidência.
Qualquer coincidência é pura semelhança.

Por
Aslan Minas Melikian
Niterói, 10/07/2021

Devaneios


Devaneios

Acabei de completar há alguns dias,
Setenta e oito anos de regalias
Viajando no tempo e nas utopias.
Ora nas cidades ora nas abadias.
Entre secos e molhados.
Entre jardins e desertos.
Nas planícies nos planaltos.
Mergulhando nas águas do mar.
Ou voando com as nuvens no ar.
Entre humanos e bichanos.
Entre homens e mulheres.
Entre maresia e prazeres.
Muitas coisas eu aprendi.
Outras, eu não compreendi.
Entender as mulheres?
Como?
Elas têm os seus mistérios.
Nós, os homens, temos os nossos devaneios.
Há décadas, entre cortejos e galanteios.
Em versos e prosas.
Jogando pétalas de rosas.,
Às belas Helenas
Desfilando no asfalto ou nas passarelas.
Aprendi que para se comunicar com as mulheres.
É preciso entender as mensagens subliminares.
Cada uma tem o seu ritual
Tanto no oral, como no visual, na expressão corporal.
No balanço e no charme do seu andar,
Na provocação, ao te convidar com o seu olhar
Com as pontas dos dedos lhe mandar beijos.
Deflorando os teus desejos.
Ela te conquista sem receios.
Ela com seus mistérios
E tu com teus anseios.
Entrega-se aos teus devaneios.

Eu, já ultrapassei os setenta e oito.
Continuo um romântico afoito.
Cortejo às mulheres com versos e prosas.
Jogando pétalas de rosas.
Elas gostam mais de chocolate e biscoito
Elas me pedem bis…biscoito….
E eu não resisto e aí ficou doido.

Entender as mulheres?
Para quê?
Prefiro-as com seus mistérios.
E eu? Fico com meus devaneios.

Por
Aslan Minas Melikian
22/04/2021