Ontem, eu tinha treze anos.
Não havia celular nem televisor.
Nem Big Brother nem computador.
Eu brincava com os amigos na calçada.
Esperava a bela Jaqueline passar na rua.
Na minha imaginação, vê-la desfilar nua.
O seu corpo de violoncelo balançar.
Ouvir o ritmo das passadas de seu andar.
Soando como uma melodia
No mesmo ritmo que meu coração batia.
Por ela, eu era apaixonado.
Por sua beleza, embriagado.
O seu olhar me seduzia.
O seu cheiro me atraía.
O meu corpo reagia.
A testosterona explodia
a procura de estrógeno e progesterona.
A atração.
O instinto de perpetuação.
Ontem, eu tinha treze anos.
Não havia celular nem televisor.
Nem Big Brother nem computador.
Jaqueline era uma mulher casada
O sobrado da minha casa era a sua morada..
Ao descer pela escada provocava..
Pelos cantos dos olhos, olhava e se divertia.
Eu, um pirralho.
Sonhava.
Com cara de tacho, babava.
Tomá-la nos meus braços, eu sonhava.
Nas suas curvas deslizar, eu desejava.
A imaginação de mergulhar nos seus encantos.
Eu era um pirralho
Sonhava ela quebrar meu galho.
Pena que foram sonhos, apenas sonhos.
Sonhos de um adolescente pirralho.
Foi ontem.................
Por
Aslan Minas Melikian
05/02/2020
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