terça-feira, 5 de maio de 2020

O Gato Felix

O Gato Felix

Um ilustre senhor perguntou
Ao presidente do congresso Nacional
- Por que tanto ratos nos corredores do parlamento?
- Já tentamos – disse o presidente
- Dos roedores nos livrar.
Nem com veneno conseguimos com eles acabar.
Fizemos o uso da ratoeira
Mesmo com ultrassom continuaram na zoeira
Nada adiantou nada, até agora
O ilustre senhor disse:
- Consulte o mestre José Carlos, o Zeca.
Ele é especialista em imunização natural.
Um excelente profissional
Defensor do meio ambiente
O seu trabalho é eficiente.
O Sr. Zeca recomendou a contratação do Felix, o gato.
- O Felix é um felino inimigo nato do rato.
E Assim, foi elaborado um contrato.
Serviço de uma semana com uma cláusula.
No almoço, não podia faltar sardinha no prato.
Exigência do Félix o gato.
Dois dias bastaram para eliminar o vestígio dos ratos.
O serviço foi perfeito conforme o trato
Com o nosso dinheiro a fatura foi paga
E o parlamento se livrou da praga

A ausência dos ratos durou menos de uma semana.
Uma surpresa a lamentar.
Ver a praga dos ratos voltar
Encontraram o gato Felix deitado em cima do um saco..
Tirando uma soneca
O velho ilustre senhor perguntou :
- E agora José? Como fica?
- As coisas mudaram - disse o Zeca
O gato foi nomeado assessor parlamentar
Procuramos por Félix.
Estava na piscina no Lago Sul numa casa
Num banquete regado a whisky e churrasco na brasa.

Por
Aslan Minas Melikian
17/12/2019

Uma Grande Famíia

Uma Grande Família

Em tempos da pandemia,
o resultado do exame, foi o que eu temia.
Ela, minha mulher, precisava apoio da gente.
O importante era agir urgente.
É decretada a quarentena.
Cirurgias seriam adiadas. Que pena!
Ficamos pávidos.
Meus meninos foram rápidos.
O meu caçula, o Eduardo,  foi um gigante.
Não largou a mãe nem um instante.
Preparou todos os procedimentos.
Na véspera dos adiantamentos,
na última hora no último dia,
Correu tudo bem na cirurgia.

Ao expressar a minha gratidão,
aos meus meninos pela dedicação,
a resposta foi  do meu caçula Eduardo:
  – Nos somos você do passado.
Aí que percebi,
que a minha missão, eu já cumpri.
Eles continuam sendo  parte de mim.
O DNA não nega.
O nosso amor agrega.
Eu e ela prestamos a nossa gratidão
pelo carinho, amor e dedicação.
Aos  filhos, genro, noras e netos.
Nossos  muitos e muitos,  obrigados.
Somos uma grande família amada,
e no amor agregada.
Ela, logo estará livre do que a gente temia
O mundo também,  estará logo livre da pandemia..

Por
Aslan Minas Melikian
Um poeta  nas horas vagas
Niterói, 03/05/2020


A Quarentena

A Distância

Isolamento?
Afastamento?
Recolhimento?
Ou é Distanciamento?
Sem a bagunça do garotada na minha sala,
Sem o susto de quebrar o vidro com a bola,
Sem a correria de esconde-esconde,
Sem comentários de bate-bola no almoço,
Sem o abraço,
Sem o beijo,
Sem poder acolher no meu colo Luisa, a minha netinha...
Sem o lindo sorriso e o carinho imenso de Laurinha...
Sem bater a palma  com palma com meu neto Rafael...
Sem ouvir a risada e as histórias engraçadas  de Daniel...
Sem a presença  da  linda neta Marina, falando  de arte...
Sem o papo adolescente com Leo, que era uma  parte...
sem a companhia do neto, que tão bem me fazia...
Sem a agitação do minha prole,  a casa está vazia...
sem poder pegar a mão da minha amada,
sem ter uma  noite de amor na madrugada.
Estou num oásis. Tenho tudo e não tenho nada.

Por
Aslan Minas Melikian
05/04/2020.

Uma Mulher Amada

Uma Mulher Amada

Dia da mulher  amada
De deusa a ser chamada
De divina aclamada.
Eterna, e adorada.

O Importante ama-la.
Do meu bem chama-la.
Nos  braços toma-la.
Com muito amor doma-la.

Não a chama no pito.
Começa com  um rito.
E que ela é um mito.
Adorará o dito. 

Galanteios você cita.
Alma dela você  fita.
Se perguntar onde sita.
É no Éden:  Você grita.

Por
Aslan Minas Melikian
08/03/2020





Ontem, Foi Ontem.

Ontem, Foi Ontem.

Ontem, eu tinha treze anos.
Não havia celular nem televisor.
Nem Big Brother nem computador.
Eu brincava com os amigos na calçada.
Esperava a bela Jaqueline passar na rua.
Na minha imaginação, vê-la desfilar nua.
O seu corpo de violoncelo balançar.
Ouvir o ritmo das passadas de seu andar.
Soando como uma melodia
No mesmo ritmo que meu coração batia.
Por ela, eu era apaixonado.
Por sua beleza, embriagado.
O seu olhar me seduzia.
O seu cheiro me atraía.
O meu corpo reagia.
A testosterona explodia
a procura de estrógeno e progesterona.
A atração.
O instinto de perpetuação.

Ontem, eu tinha treze anos.
Não havia celular nem televisor.
Nem Big Brother nem computador.
Jaqueline era uma mulher casada
O sobrado da minha casa era a sua morada..
Ao descer pela escada provocava..
Pelos cantos dos olhos, olhava e se divertia.
Eu, um pirralho.
Sonhava.
Com cara de tacho, babava.
Tomá-la nos meus braços, eu sonhava.
Nas suas curvas deslizar, eu desejava.
A imaginação de mergulhar nos seus encantos.
Eu era um pirralho
Sonhava ela quebrar meu galho.
Pena que foram sonhos, apenas sonhos.
Sonhos de um adolescente pirralho.
Foi ontem................. 

Por
Aslan Minas Melikian
05/02/2020

Solidariedade

Solidariedade.

Acordei ao amanhecer.
Encostei-me à grade da varanda.
Mirando o horizonte para ver o astro rei nascer.
As nuvens tentaram o esconder.
Mesmo assim iluminou o céu e a terra  para nos aquecer.

Hoje o mundo inteiro quer ver o amanhecer.
Todos isolados cada um na sua morada,
Mirando o futuro na esperança de acontecer,
Um milagre para o mundo vencer e
nós livrar dessa pandemia e o Covid-19 perecer.

O isolamento social fez nos refletir.
As solidariedades aderir
Os ecos dos parabéns a distancia ouvir
e junto com as cantorias das orações, e pedir
que o amanha seja um presente para o mundo sorrir.

Por
Aslan Minas Melikian
22/03/2020