Uma névoa cobriu o azul do céu
O parque da cidade desapareceu
O Pão do Açúcar se escondeu
No vidro da minha janela
Os pingos da água da chuva
Escorrendo como lágrimas de uma viúva
Chorando pela ausência de seu par
Com o seu véu, escondendo o seu triste olhar.
O vidro embaçado, como um véu.
Cobrindo as belas paisagens do mar e do céu.
Não havia nada a fazer
Sentado no sofá, resolvi me estender.
Logo veio o sono e eu cochilei
Ao passado viajei
A um lugar, onde um dia, eu já vivi.
Cercado por familiares, eu me vi.
Estava frio que não era brincadeira
Todos em torno da lareira
Castanhas, nozes e muito chá na chaleira.
Lá fora a neve enfeitava a parreira
Adornando em branco os cachos da uva
Nevava,
Os flocos da neve, redopiavam no ar.
Como confete de papel no carnaval
Um ballet da natureza prendendo o olhar
É a magia de sonhar.
Sonhar é reviver.
Por
Aslan Minas Melikian
Niterói, 04/08/2019
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