Uma Viagem ao Passado.
Hoje eu quero ser Zen.
Ver o dia alvorecer.
Degustando o cafezinho.
Acender o cigarrinho.
Peraí, Eu queria só fingir
Faz tempo do cigarro resolvi fugir.
Mesmo assim queria cumprir o ritual.
Imaginar dando baforadas, só no virtual.
Fechar os olhos e a nuvem de fumaça me levar.
Para o passado onde um dia foi meu lar.
Convidar o meus amigos para um café
Combinar para uma noitada no cabaré.
Amigos de diferentes religiões e etnias.
Árabes cristões, muçulmanos, e judias
Outro um turco judeu o Davi.
E um sírio muçulmano o Rafiq.
Não sei se ainda estão vivos
Aposentados ou ativos.
Como não falar de Stepan o amigo fraterno.
Onde ele estiver sempre será o amigo eterno.
Ele projetava os filmes no cinema Eldorado.
Lembro do Um dos filmes O dólar furado.
Um Faroeste Italiano filmado na Cinecittá.
E os bailes? Era twist, hully gully e tchatchatchá,
Dos anos sessenta de Elvis a Aznavou.
A década do romantismo e do glamour.
Marcas de cigarro fazia parte do charme.
Lucky Strike, Chesterfield , Marlboro e LM.
O Gauloise e Gitane preferencia dos intelectuais.
Hi-FI e Cuba Libre nos clubes e nos festivais.
Com ajuda de Stepan penetrava no cinema.
Ao encontro à bela muçulmana a Selma.
Proibida de me encontrar no amor afogava.
No escurinho do cinema, o fogo a pegava.
Em poucos minutos ela já estava nua
Ei, ei, acorda! Parece está no mundo da lua.
Interromperam minha viagem aos anos sessenta.
Teimoso, eu voltarei.
Por
Aslan M. Melikian
02/02/2017
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