sábado, 6 de fevereiro de 2021

Como os Velhos Tempos

Como os Velhos Tempos

Ultimamente ando tenso
Paro e penso.
É preciso ter o consenso,  
Com a nova geração.
Tecnologia e comunicação.
Estamos na era das informações.
Notícias em tempo real.
Pode ser ao vivo e virtual.
Hoje tudo está no visual.
Quase não há diálogo. 
Muito menos apólogo.
A voz só por mensagens.
A escrita só por postagens.
É a solidão presencial.
Cada um com seu celular.
Minha voz se perde no ar.
Com corpo e alma presente
Mas, eu me sinto ausente.
Fico tenso
Paro e penso
É preciso ter o consenso.

Ontem aumentou a minha adrenalina. 
Minha prole havia comprado uma piscina
Para montá-la o meu genro quebrou a cara 
Mereceu elogios. – Meu genro,  você é o cara.
Hoje cedo, o sol apontava os seus raios ao meu  terraço. 
Eu recebia, quem chegava, com um beijo e um abraço.
Como os velhos tempos, todo mundo no meu paço, 
É um dia especial, como antigamente,  sensacional
Mesa farta, refrigerantes e muita cerveja para encher cara.
Vieram sem celular para papo  legal cara a cara,
Discussões no campo político como no patético.
Como também no  erótico e no poético.
Enquanto eu escrevia, essas linhas,  feliz da vida.
A conversa da prole continuava atrevida.
Como não gosta de viver esse espetáculo caótico.
Para quem já passou dos setenta, como eu, é tântrico…….

Por 
Aslan Minas Melikian
30/01/2021